No distante ano de 1989, no dia 10 de abril, nascia uma
torcida organizada em Maringá que tinha um nome não muito comum: “Galo Terror”.
Ícone de terrorismos com relação às outras torcidas? Não se sabe. Ícone que
emprestava o símbolo do clube que defende e torce (O Galo do Grêmio Maringá) numa
fusão com os filmes de terror que geram em seus espectadores calafrios e certa
repulsa por suas cenas de carnificina e espanto? Também não se sabe.
Outra hipótese que fica no hemisfério cerebral responsável
pela chancelas imagísticas que passam à fronteira do mundo palpável e também das
quatro linhas do gramado do Willie Davids, é que o Galo sempre foi o terror dos
adversários que o desafiavam em seu “poleiro” e, conseqüentemente, eram
abatidos de maneira terrível. O Terror emanava dos recônditos, dos gritos de
seus componentes como vozes oriundas de uma horda que inflamava as
arquibancadas descobertas do estádio como um clã que nunca veio para perder, ou
mesmo contentar-se com o empate, mas sim, empurrar o Grêmio sempre para a
vitória, quem quer que fosse o seu adversário, do interior ou da capital.
Consta nos registros (os poucos registros) que seu primeiro presidente (Laércio) foi o idealizador do nome “Galo Terror”, e que a primeira vestimenta da torcida era uma camisa preta com uma caveira estampada nas costa, que usava uma espécie de “moicano”, e na frente, um galo de crista rubra e imponente. Com o passar dos anos vários uniformes foram criados e guardados como verdadeiras relíquias por parte de seus “donos”.
A Torcida Organizada Galo Terror, junto, claro, com o próprio
Grêmio de Esportes Maringá representa divisas no contexto histórico no que
tange o esporte do município de Maringá. São representantes de uma paixão que
atravessou décadas e formou gerações, que somente o registro fotográfico ou de
vídeo (o cerebral não pode ser compartilhado, mesmo utilizando os recursos modernos
de hoje, fica mais para uma narrativa oral que os mais velhos da primeira
geração da torcida gostam de fazer como se fosse uma espécie de culto
ritualístico, quando se encontram) pode matar a saudade das várias “batalhas
campais” que essa apaixonada torcida viu no “WD” e em outros estádios do
Brasil.
A atual administração da Torcida Organizada Galo Terror conta com: Kleber Aparecido de Carvalho (presidente); Nelson Alexandre (vice); Roberto Martins da Silva (diretor geral); Bruno Rossina Chiarella Godoy (ação social); Alessandro Linjardi Buzzato (diretor de arquibancada).